“MundoverdE é uma banda que busca explorar as sensações do coletivo, conceitualmente e musicalmente, inicialmente dentro do grupo, e em seguida expandindo aos ouvintes, sem regras nem limites.” A auto definição encontrada no MySpace da banda não mente, MundoverdE, música que de verde só tem a paz de espírito! A entrevista que segue mostra mais uma banda que segue por trilhas independentes com muita vontade e força para fazer do seu som uma passagem para o bem-estar.
Souterraines: Conta pra gente a origem do nome da banda e qual foi a ideia inicial que vocês tiveram ao montar o projeto, quem foi o idealizador...
Marlon: Começou quando eu e Jony (guitarrista) começamos a aprender a tocar violão tirando Pink Floyd... Mas os que mais gostávamos era de inventar pequenas peças instrumentais, simples, é claro não demorou muito para começarmos a gravar as músicas, então chamamos o Tiago (Bateria) e foi primeira etapa da MundoverdE. Com a proposta de tocar só sons próprios.
O nome MundoverdE é justamente por isso, porque ficávamos tocando violão no pasto atrás da minha casa, é meio viagem isso, mas passávamos os domingos lá misturando o som dos violões com os sons da floresta.
Em 2007, chamamos um amigo nosso, para tocar contrabaixo, Beto, então começamos a fazer shows de verdade. Tocamos de janeiro de 2007 até novembro de 2007 com o Beto, mas a aceitação do publico não era muito boa, o pessoal queria mesmo era ouvir cover de clássicos em janeiro de 2008 Daniel assumiu os graves, então com uma proposta mais "folk" começamos a tocar mais por ai, e gravamos o cd "Canções Avulsas".
2008 foi um ano muito bom, pois notava se que a aceitação do publico por bandas de música propria estava muito maior. Daniel ficou até novembro do mesmo ano, mas saiu por causa do trabalho então decidimos tocar em trio mesmo.
Na época do cd, estávamos bem... "paz e amor”, tanto que a maioria das músicas tem uma conotação mais "feliz” (risos). Também porque algumas das musicas nos remetiam à época que foram escritas, - Dany, por exemplo, é de 2001 - épocas que não tínhamos muito com o que nos preocupar isso é o legal da música nos trazer lembranças boas, ou, momentos bons. A música funciona como um calmante, ou um estimulante dependendo do ponto de vista.
E agora, tenho que lançar mais um cd, com músicas que vão agradar as pessoas que gostaram dos primeiros, acho que isso nunca vai acontecer com a gente... Estamos em eterna mutação (risos).
Souterraines: Como funciona o trabalho de divulgação da banda?Quais são as dificuldades encontradas nesse aspecto?
Marlon: Parte da divulgação é pela internet, usamos principalmente Myspace e Fotolog, mas aqui na região muita coisa é feita de boca em boca. Um cara vai ao show, e se mantém informado de onde a banda vai tocar de novo.
A cultura de Festivais Independentes está voltando com força por aqui, e isso dá possibilidade de mais bandas participarem do circuito, para bandas que nem a nossa , essa é a melhor forma além da internet de divulgar. Como eu havia dito, nós não vendemos CDs, então nos shows distribuímos CDs pra galera ouvir, mas no myspace conseguimos muitos contatos pra fora, enquanto a grana não dá, não vamos, mas temos planos de sair por ai, mais longe...
Nossa maior dificuldade é pelo fato de meio que "nadarmos contra a corrente". Nas cidades maiores aqui da região, existem dois tipos de bandas que realmente se dão bem, ou você toca cover de bandas anos 70, ou toca algo puxado para o EMO então, com letras de amor profundo e tal, essa é uma grande dificuldade, mas sim, A internet é uma enorme aliada nisso tudo. Podemos ver que alguém lá do RJ tem uma idéia parecida com a nossa isso me faz pensar, poxa, a gente nem se conhece!
Souterraines: Vocês pensam em deixar suas atividades atuais e viver da música?
Marlon: Apesar de viajar tanto temos que ter a cabeça no lugar, tocarmos por ai, mas até conseguir viver de música acho que vai demorar um pouco. Jony (guitarrista) me disse algo nesses dias, que se é para tocar sons que não gosta, prefere ganhar dinheiro trabalhando na empresa que está.
Então, é algo que aos poucos pode dar certo, até lá “temos que anter os pés no chão com a cabeça nas nuvens”. Estamos fazendo o que gostamos, é o que importa. Se não der em nada o que importa foi o caminho até lá.
Souterraines: Concuindo essa pequena série de perguntas, aproveite e deixe também uma indicação de alguma banda pouco conhecida...
Marlon: Clavíceps Purpúrea, de Brusque SC e Augie March, da Austrália.
Souterraines: Marlon, muito obrigada pelo bate-papo, parabéns pela banda que é realmente muito boa.
Marlon: Obrigado a você e parabéns pela iniciativa.
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Myspace
Abrimos nossa série de entrevistas com uma banda que caracteriza muito do que procuramos divulgar através desse blog. A banda Jennifer Lo-Fi como verão na entrevista começou com os integrantes se conhecendo pela internet! Mais sobre a banda e seu projeto vocês saberão a seguir, pelas próprias palavras do baterista Luccas Villela que nos conta um pouco mais sobre sua experiência musical.
Luccas: A banda surgiu basicamente da internet. O caio conheceu a Sabine por uma comunidade do orkut, escutou o Myspace dela e curtiu bastante, logo depois ele me passou o link pra escutá-la e falou que estava afim de chamá-la para montar uma banda e me convidou também para toca bateria, eu topei. Logo depois veio o Miu, que a gente também conheceu pela internet e ai “o circo estava armado” (risos). O Gustavo já tocava comigo em outra banda e sugeri chamá-lo pra fica só com os baixos.
O nome veio de um trocadilho com o nome da Jennifer Lopez, a gente se inspirou numa banda chamada Samuel Jackson Five. O intuito da gente ao montar a banda foi tentar entrar no mercado musical fazendo uma música que não fosse medíocre e previsível
Luccas: Sim, a banda só toca composições próprias. A banda tenta transmitir alguma coisa mais rítmica conciliada com letras mais abstratas. O intuito é brisa eterna mesmo (risos).
Souterraines: É mais difícil conquistar público assim, não? Como reagem quando pedem covers durante os shows?
Luccas: Um grande público é um pouco mais difícil, mas ultimamente eu tô surpreso, as pessoas estão curtindo mesmo sendo mais "elaborado". Nos shows, por enquanto, ninguém nunca pediu um cover, a gente só tocou cover no nosso primeiro show, para preencher os buracos no setlist por falta de músicas próprias (risos). Mas nos web shows o pessoal pede muitos covers de bandas que nos identificamos, ficamos felizes com isso porque o pessoal está cada dia mais entendendo nosso som.
Souterraines: Você falou sobre os web shows, é uma proposta bastante interessante, pode explicá-la melhor?
Luccas: Então, o web show foi uma idéia que o nosso produtor teve pra ficarmos mais perto do pessoal que curte nosso som e claro, sem gastar grana porque “a gente é tudo duro” (risos). O web show consiste em: uma webcam, uma boa conexão na internet e um site que faça stream, depois disso é só divulgar e tocar.
Souterraines: Você pode citar um exemplo de algum site que já tenha rolado, qualquer um...
Luccas: Live Stream é um deles.
Souterraines: O que vocês já lançaram em termos de cd/ep? Foi independente?
Souterraines: Quando foi que surgiu realmente a necessidade de gravá-lo?
Luccas: Gravar surgiu da necessidade de divulgar o som com uma qualidade melhor e de ficar em estúdio pirando (risos).
Souterraines: Como funciona o trabalho de divulgação da banda? Quais são as dificuldades encontradas nesse aspecto?
Luccas: A divulgação é basicamente virtual. Por meio do Myspace e tal. Só às vezes quando tem show, a gente faz uns cartazes e sai colando em tudo que é lugar (risos) acho que a maior dificuldade da internet é ser notado atenciosamente em meio a centenas de milhares de bandas, tão boas e tão ruins.
Souterraines: E vocês têm outras atividades não ligadas à banda?
Luccas: Temos sim, eu sou estagiário e estudo multimídia, o Caio trabalhava até semana passada numa loja, foi demitido (risos) o Gustavo dá aulas de inglês, a Sabine cursa a faculdade audiovisual e o Miu está fazendo cursinho para batalhar uma vaga numa faculdade pública.
Luccas: Claro! Acho que o intuito de todos é largar tudo e viver de música, só que enquanto a música não nos sustenta a gente tem que ir levando...
Luccas: Tem duas bandas de amigos nossos que a gente curte bastante: o Kafka Show que tem uma pegada “oitentista brazuca" bem foda e o Inverness que faz um “dream pop” fudido. Escutem que vale a pena... Deve ter mais algumas, mas nãom me vem a mente agora vai lá nos nossos favoritos do Myspace que tem as bandas que a gente curte.
Souterraines: Muito obrigada Luccas e parabéns pelo trabalho!
Luccas: Eu que agradeço! Que bom que agradou, fico feliz com isso.
- Para conferir o som da banda assistam:
- Encontrem Jennifer Lo-Fi:
Wordpress
Orkut
WebShow
A internet atualmente é um dos meios mais eficazes para comunicação de longo alcance, por ser uma ferramenta democrática e abrangente a rede tem sido palco para diversas manifestações artísticas e divulgação de projetos. Prova disso é a repercussão de muitos artistas no meio o que tem possibilitado a eles um maior reconhecimento de seus trabalhos em outros veículos de comunicação.
Os sites que abrigam diferentes artistas são incontáveis e entre esses muitos encontramos alguns de maior destaque aqui no Brasil como: Trama Virtual, Palco MP3, Last Fm além do MySpace, um site que abrange desde os artistas mais populares até os que começam agora a trilhar o caminho da música,sendo que muitos destes tem no site sua maior fonte de divulgação.
Com o objetivo de divulgar algumas das muitas bandas que brilham com trabalhos singulares e tendo como principal ferramenta o acesso aos sites citados é que cria-se este espaço que busca mostrar as boas bandas que atualmente compõem o cenário "alternativo" nacional produzindo músicas de qualidade notória e estilos diferentes. Artistas que tem no seu trabalho algo novo e interessante, o que vem cada vez mais chamando a atenção do público para este palco.
E aos leitores do blog: com certeza em algum caminho ou postagem vocês irão se encontrar com seus gostos e acrescentar às suas listas de reprodução um som novo e pulsante que aos poucos ainda ai tomar de vez do nosso cenário musical. Faça parte dessa revolução cultural você também.
Valeu, até a próxima!